É mesmo isso que me magoa, não saber o que vais fazer a seguir. Se dizes que adoras os meus olhos ou se desvias o teu olhar do meu caminho. Nunca sei. Nunca sei. E não saber tanto pode ser bom como mau. Estar aberta a tanta indecisão e disposta a aceita-la só porque te quero mesmo bem magoa-me agora. Saíste daquela porta, deste-me um até logo e eu não sei se isso significa mesmo um até logo ou um até nunca mais. Por favor, prende-me ou larga-me. Não me deixes nesta indecisão. É só isso que te peço. O "peso" ou a "leveza" de uma perca ou de um ganho. Se bem que ficaria sempre a ganhar: ou ganhava-te, ou ganhava uma certeza. Não sou em nada melhor que tu, em nada, mas exijo de ti isto porque também eu tenho certezas para te dar.
Agora só percebo que te foste. Foste e eu deixei-te ir sem te puxar para trás, como se aceitasse de bom grado a tua ida. Não aceito, mas acho que me cansei de ceder. Cansei-me naquele segundo em que decidiste ir-te. Agora já não estou cansada e quero puxar-te para trás.
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