domingo, 6 de junho de 2010

Pegasus,

Não sei, 
é muito estranho, dizem que deixei de sentir. Eles dizem. Mas eu continuo a ver pontes, estradas, muros, precipícios, buracos na estrada, lombas e stops. Não vejo em mim, é certo. Vejo nos outros e gosto do que vejo. Gosto do sorriso na cara dos apaixonados, gosto das lágrimas a correr pelo rosto dos que sofrem e gosto das juras de amor. E de ti. Afinal eu gosto, eu sei que gosto.
Estou TOTALMENTE, desorientada.
Foi uma entrega rápida, foi um dar sem porquês, porque não há/havia qualquer razão para que não o fizesse, mas mesmo assim, entreguei-me aos leões. Achei-os bonitos (por isso me chamaram à atenção), fortes (para que me pudessem proteger), achei-os sensatos (porque sabem escolher a presa), poderosos (porque nunca baixam a cabeça). 
Achei-te tudo e mais alguma coisa, então entreguei-me.
Hoje é daqueles dias em que morro de medo.
Até hoje estive com elas e acho que por isso me senti mais forte; hoje estive contigo e fraquejei. Morri de saudades, nos instantes antes de te ver. Morri de saudades e senti-me a passar de carro, por um buraco na estrada, quando te encontrei. Qualquer coisa estava mal, eu senti (afinal eu sinto). Tentas convencer-me do contrário e eu finjo acreditar porque afinal de contas, de nada me adiantaria o contrário. Acredito em ti, porque acredito em mim e acredito que sejamos iguais. Quero tanto acreditar que tudo é mais que uma ilusão, um sonho. Adoro sonhos, mas tenho a certeza absoluta que o sonho não comanda a vida (o meu pai disse-mo uma vez, e ele sabe)
Quero contigo mais que um sonho,
Agarra-me e tira-me de tanta incerteza. Apetece-me chorar. Hoje apetece-me chorar. Quero apaixonar-me, agarrar-me à vida, com unhas e dentes, de novo. Saber de cor a sensação de acordar e querer-te só a ti e a um carte d'or de morango. Não quero só a sensação de provar um carte d'or e de me saber a morango, quero que me saiba a ti, percebes? Quero que me faças gritar e me leves para onde tu quiseres. Berra-me, bate-me, agarra-me, obriga-me, morde-me, beija-me, sufoca-me, mas faz-me feliz.
Preciso de ti, sejas lá tu quem sejas, sabendo eu quem és. 

Sem comentários:

Enviar um comentário