sábado, 10 de julho de 2010

Às, sabes-me a às de copas.


E tudo não passa de um jogo. Entrei nele sem conhecer regras e fui aprendendo, com quem me queria bem (ou mal. aprendi que com tudo se aprende). Vou coleccionando as cartas que me fizeram ganhar (não sou supersticiosa, sou muito mais racional do que aquilo que me pintam e é esse o motivo que tantas vezes me prende à terra e não me deixa jogar, livremente. Mas colecciono as cartas.) e que me fizeram perder (porque estiveram demasiado tempo em jogo para me libertar delas e enquanto estiveram, fizeram sentido). Detestava perder mas rapidamente me habituei, agora não posso chamar à perca um facto banal, mas arrisco-me a dizer que se tornou fácil de suportar (afinal de contas, "há sempre alguém pior que nós."). Lembro-me, como se fosse hoje, de um jogo em que dei tudo o que tinha para dar, (por falta de experiência ou por deixar que algo em mim falsse mais alto). Olhei fixamente para as cartas que tinha na mão e arrisquei, tinha tudo para ganhar. Pousei-as na mesa e fechei os olhos. Abri-os e apercebi-me que havia uma jogada melhor que a minha. "Como é possível?, Como é possível?" perguntava-me estupefacta! Com o tempo percebi. (não fizeste batota, mas jogavas um jogo diferente do meu, portanto, era como se de batota se tratasse.) Hoje, não por uma questão de experiência, de racionalismo ou de sentimentalismo, tomo o cuidado de perceber se estamos a jogar o mesmo jogo. (sabes-me a uma batalha, uma guerra, ou lá como lhe queiram chamar. Estou eu e tu, em frente um ao outro e temos jogado em simultâneo, um jogo que não quero que acabe, que me sabe sempre a novo)
Aprendi que vale a pena se estiverem em confronto jogadores com amor ao jogo e não com vontade de ganhar.

(És o meu adversário nisto e tens o meu às de copas!)

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