segunda-feira, 16 de maio de 2011

Preciso de um amor grande, enorme, arrebatador, impossível...

Já não me chegam as pequenas provas de amor, as palavras bonitas que invadem o coração, os olhares intensos. Já são banalidades os jantares, os almoços, os cinemas, a praia, os quartos, as viagens, (...) Já não faz o meu coração palpitar a chegada de ninguém, nem o toque de ninguém, nem o cheiro de ninguém. Já não me chega este espaço, esta terra, esta gente.
Já sei o que se segue ao primeiro beijo, o que se segue ao primeiro toque, o que significa aquele piropo e aquela frase ambígua (que de ambígua, entre os tolos apaixonados, não tem nada). Já sei o que se segue ao primeiro presente, à apresentação à família, à desilusão e à ilusão. Já sei, sem olhar, o que querem os homens, o que querem os miúdos e os mais miúdos ainda e o que querem os apaixonados e os não apaixonados, e os otários e os paspalhos e os príncipes encantados.
Já sei tudo sobre toda a gente, tudo (e pouco, muito pouco, sobre mim)

Um dia, largo tudo, e aí vou eu.

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